Com 53 anos, tendo boa parte deles doados ao sacerdócio e à comunicação, o hoje prefeito de Itaara, Silvio Weber (PSB), vive um inusitado momento junto ao que é novo para ele: a política. Alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que se formatou dentro do Legislativo local, o ex-pároco que debuta na política tem ambição de ir longe e fazer muito pelo pacata e charmosa Itaara. A ambição, neste caso, Weber não vê como pecado, mas, sim, como uma virtude.
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Ele afirma que, em 2024, terá feito de Itaara um município com brilho e desenvolvimento próprios. Acontece que, nesta largada inicial, o chefe do Executivo municipal terá de provar à Câmara e aos municípies que não há nada que macule o começo deste mandato que promete "revolucionar" Itaara.
Há, ainda que a comissão recém tenha iniciado, muita coisa a ser esclarecida e clareada. O benefício da dúvida, como sempre, deve ser dado ao gestor.
As questões, que porventura possam ser nebulosas e pairem quanto à gestão municipal, terão de ser respondidas - tanto à Câmara quanto ao próprio Ministério Público. O importante, e mérito até aqui do prefeito, é que ele afirma que não permitirá que a gestão fique paralisada.
Com um orçamento de R$ 23 milhões, que não é dos maiores, Weber projeta que inverterá uma lógica, muito comum em municípios menores, a de que a prefeitura é a "maior" empresa.
Ou seja, a que mais emprega. Se, ao fim do mandato, ele avançar nisso, terá sido um quase milagre do pároco alçado à condição de prefeito.